A Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal (UCIN) do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI) realiza, de forma sistemática, o banho humanizado nos recém-nascidos, prática baseada nas orientações do Manual Técnico da Política Nacional do Método Canguru.
Segundo a supervisora da unidade, Cláudia Moreira, o procedimento vai além da higiene. “Não é apenas um banho, mas um momento de interação, afeto e bem-estar para o bebê e sua família”, afirmou.Cláudia explica que o banho humanizado é conduzido de maneira suave, acolhedora e respeitosa, utilizando técnicas de contenção e flexão que remetem à posição uterina, mantendo o recém-nascido “enroladinho”.
“A imersão é feita gradualmente: primeiro são higienizados rosto e cabeça, e depois o corpo é colocado na água ainda envolvido no pano. A metodologia favorece o relaxamento, diminui estímulos estressantes, reduz o choro, melhora a autorregulação do bebê e fortalece o vínculo entre mãe e filho”, destacou. A supervisora reforça que a presença da família é essencial. “O banho também é um momento de conexão e segurança para os pais. A participação deles faz parte do cuidado”, completou.
Antes do procedimento, a equipe realiza a preparação do ambiente, garantindo temperatura entre 26°C e 28°C, reduzindo ruídos e luminosidade, evitando correntes de ar e organizando previamente todo o material. O banho humanizado é ofertado três vezes por semana a todos os bebês da UCIN que possuem idade gestacional acima de 34 semanas e estão hemodinamicamente estáveis.
Nesta quinta-feira, 6, o recém-nascido Calebe Bispo Santana recebeu o banho humanizado, conduzido pela técnica de enfermagem Maria dos Reis. A mãe do bebê, Emily Bispo da Silva, 32 anos, acompanhou o momento e elogiou a prática. “É uma técnica muito positiva. Os bebês relaxam e o banho se torna um momento de tranquilidade, acalmando-os. Acredito que seja benéfico tanto para eles quanto para nós”, declarou.
Emily também destacou que pretende manter o método em casa. “Quero continuar com essa prática até que ele esteja mais maduro. Essa técnica dá segurança, como se ainda estivessem no útero. A água morna, o paninho, o aconchego, tudo evita o choque da água direta. É muito interessante e pretendo adotar no dia a dia”, acrescentou.